Sábado, 27 de abril de 2024
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Artigos Wilson Carlos Fuáh

AS ESTRATÉGIAS POLÍTICAS

Durante as convenções  fica constatado que as ideologias são muito
similares, pois os partidos viraram apenas meras roupagens para os
políticos usarem de acordo com as necessidades momentâneas e
interesses pessoais.

Depois das convenções vem o freio de acomodação, aquele que era
mister virou estorvo, e as notícias se sucedem na velocidade instantânea
dos Sites, e mesmo assim, não conseguem acompanhar  nos últimos dias
sobre os (des) acertos no quadro político-partidário, especialmente no que
se refere às coligações de determinados candidatos para este pleito de 
2024, sobretudo para Prefeito. Aquele que tinha potencial, mas foi preterido,
agora pode transformar num grande adversário, e em algum caso inimigo e
sabotador do vencedor da convenção.

O mundo político é muito transitório, as verdades se envelhecem a cada
amanhecer e as mentiras nascem como erva daninha e perpetuam de
acordo com as infinitas explicações que chegam ao povo através das
“coletivas”. Será que os trabalhadores acompanham e entendem o que se
passa na cabeça dos políticos, e nas entranhas dos partidos?

Aqueles ditos formadores de opinião, por necessidade de produzir
textos diariamente, viram meros palpiteiros travestidos de colunistas,
tentando explicar essa complicadíssima seara do mundo político dominado
por interesses pessoais, mais do que ações de cunho político/social. Trata-
se de eleger aquele que terá as chaves do cofre e o poder da caneta, que
na verdade é um mundo onde envolvem milhões de recursos públicos,
(antes e depois), submetidos a acordos de interesses de seguimentos
poderosos e de grupos endinheirados, e ao fim das eleições aquela máxima,
que dizia  que o governo municipal existe para o cidadão, passa muito longe
disso tudo, durante a eleição o eleitor é um ser especial e depois da posse,
vira um ser de Segunda Categoria.  

Vai começar o grande espetáculo político, explosão de vaidades e
emoções dos debates são palpitantes e onde a melhor defesa é o ataque,
sim ataques pessoais, fatos da história da vida do candidato até então
escondidos, são divulgados em forma de vídeos e fotos antigas, mas
comprometedoras, e que podem virar escândalos de campanha,
promovendo estragos e que são facilmente verificadas no “sobe e desce”
das pesquisas e finalmente entra em ação os Doutos da Legislação
Eleitoral, a palavra de ordem passa a ser:

1 - vamos recorrer;

2 - vamos impugnar;

3 -  amanhã sai a liminar;

4 -  ganhou, mas não levará pois está “sub judice”.

Durante a campanha tudo é muito imediato, o “Núcleo Duro dos
Coordenadores” tem que ser muito ágio, e as decisões tem que ser todas de
imediato por que em política não existe lógica eterna, e sim, o princípio de
pragmatismo, e o que importa é a coerência rumo à vitória.  Antigamente
água e óleo não se misturavam, mas visando acomodar os interesses
individuais, é necessário  que sejam expurgados os estranhos do ninho, pois
eles  estão no epicentro do furacão, por isso, e o panorama político é cheio
de incoerências, recheado de artistas e mágicos do impossível.

E, o grande líder, Vossa Excelência  o candidato virou apenas um
detalhe, nas mãos dos marqueteiros e vivendo sob a ditadura do poder das
decisões do “Núcleo Duro dos Coordenadores”, passa a ser o “aventureiro
preparado para ganhar”.

E os eleitores?

Eles só serão lembrados até os cinco dia da eleição, (se não houver 2º
turno), depois ficarão por  quatro longos anos vivendo como maridos
enganados, pois serão os grandes traídos no grande teatro político em
nome da festa democrática.

As eleições produzem um universo de banco de dados, e depois das
eleições, os especialistas ficarão tentando entender e explicar porque
existem tantas pessoas não querendo votar; porque existem tantas
anulações  de votos e os votos em brancos viraram a grande  forma de
protesto pela repugnância eleitoral, essa é a verdade da democracia, que é
o direito de manifestação cívica e que ao final vence a vontade da maioria.

Mas infelizmente, o quadro político e as relações políticas estão cada
vez se autodestruindo pelos atos não republicanos, e por isso, a decisão por
um candidato, leva aos eleitores a desenvolver o poder da escolha em
forma de exclusão e não pela escolha do melhor candidato, por que o
panorama da campanha que se apresenta, infelizmente já faz parte do
contexto político do país e só através do voto é que podemos mudar tudo
que abominamos e não concordamos.
 
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