Eduardo Cairo Chiletto
03/02/2025 - 12:35
Este artigo visa apresentar, conforme diretriz da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – um novo contrato social para a educação, baseado em princípios da Educação Ambiental – Mudança Climática, dos direitos humanos, justiça social, dignidade humana e diversidade cultural. Ele afirma inequivocamente a educação como um esforço público e um bem comum.
Educação Verde: É a educação que permite que alunos de todas as idades abordem desafios globais interconectados, incluindo mudanças climáticas, perda de biodiversidade, uso insustentável de recursos e desigualdade.
Ela os capacita a tomar decisões informadas e orientar seus pais a agirem para mudar a sociedade e cuidar do planeta.
Em todo o mundo, muitas escolas, professores, alunos e comunidades estão tentando tornar suas escolas verdes e preparadas para o clima.
À medida que a 29ª Conferência Anual das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) finalizou, a UNESCO convida estudantes, professores, escolas, universidades e comunidades locais a se transformarem.
PILARES DA EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA: UNESCO
Escolas Verdes:
Visão: Desde a primeira infância até a educação de adultos, trabalhar para garantir que todas as escolas obtenham a acreditação de escola verde, incluindo treinamento de professores e instituições de ensino superior.
Meta: Adotar um esquema de acreditação de escolas verdes com pelo menos 50% de escolas, faculdades e universidades com acreditação verde e operando de forma sustentável.
Currículo Verde:
Visão: Adotar uma abordagem de aprendizagem ao longo da vida que integre a educação climática aos currículos escolares, educação e treinamento técnico e vocacional, materiais didáticos, pedagogia e avaliação.
Meta: Incluir a educação climática nos currículos escolares nos níveis pré-primário, primário e secundário .
Meta para os Gestores: Tornar mais ecológica a formação de professores e as capacidades dos sistemas educativos:
Visão: Apoiar professores e formuladores de políticas por meio da integração da educação climática na formação inicial e contínua de professores, fortalecendo a capacidade de líderes escolares e principais partes interessadas na educação.
Meta da UNESCO: Todos os líderes escolares e pelo menos 1 professor por escola deverão ter sido treinados sobre como integrar a educação climática ao ensino e à aprendizagem em toda a escola.
Vale ressaltar que o UNITAR – Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa pode ser um grande parceiro, pois o UNITAR é um braço de treinamento dedicado do sistema das Nações Unidas. O UNITAR fornece atividades de treinamento e desenvolvimento de capacidade para auxiliar principalmente países em desenvolvimento.
Em Mato Grosso o UNITAR desenvolveu, em parceria com o Governo do Estado (via PAGE) e a Universidade Federal de Mato Grosso, a Economia Verde Inclusiva (EVI) com uma capacitação para orientar a implantação de Projetos Políticos de Curso das Instituições de Ensino Superior Públicas em Mato Grosso. Cujo objetivo foi de Integrar elementos do EVI – Economia Verde Inclusiva no currículo das universidades, além de promover a colaboração entre as universidades públicas.
Impacto da Economia Verde: No estudo da OIT – Organização Internacional do Trabalho lançado em maio de 2018: Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo 2018: Greening with Jobs”, já estão sendo criados milhões de novos postos de trabalho tanto nos países industrializados como nos países em desenvolvimento relacionados a Economia Verde.
Comunidades mais verdes:
Visão: Envolver toda a comunidade integrando a educação climática na aprendizagem ao longo da vida, em particular por meio de centros comunitários.
Preparando-se para promover a ecologização da formação de professores e das capacidades dos sistemas educacionais.
Apresenta mensagens e estratégias importantes para promover a ecologização da formação de professores e das capacidades dos sistemas educacionais, especialmente em torno do que foi discutido na COP29.
Importante ressaltar que a ecologização é um processo que consiste em contagiar a sociedade com valores ecológicos, de modo a combater a poluição e a degradação do ambiente.
O que vem a seguir para tornar mais ecológica a formação de professores e as capacidades dos sistemas educacionais?
Vale aqui ressaltar que através do Curso de Educacão Ambiental aprovado pela ALMT – Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, professores poderão ser bem treinados, apoiados e valorizados para garantir uma educação de qualidade para todos e atingir as metas educacionais da Agenda 2030. Por esse motivo, eles e os gestores públicos são uma prioridade máxima para o Estado de Mato Grosso no combate as mudanças climáticas, assim como também para a UNESCO.
Desta forma, por meio do curso sobre Educação Ambiental – Mudanças Climáticas, poderemos executar um projeto bem-sucedido de alfabetização climática, capacitando gestores públicos e educando e treinando alunos e professores sobre mudanças climáticas, como mitigar e se adaptar usando recursos disponíveis localmente. Inclusive com as ligações entre mudanças climáticas, segurança e saúde.
Conclusão:
A educação tem o potencial mais transformador para moldar futuros justos e sustentáveis. O Estado de Mato Grosso, a UNITAR e a UNESCO geram ideias, inicia o debate público e inspiram pesquisas e ações para renovar a educação.
Paulo Freire, considerado um dos maiores educadores brasileiros e do mundo, acreditava que a educação deveria ser um instrumento de transformação social e disse: “Preservar a natureza é a chave para manter o equilíbrio ambiental“.
Entretanto, conforme relatório da UNICEF: Pelo menos 242 milhões de estudantes, em 85 países, tiveram a sua vida escolar impactada por eventos climáticos extremos em 2024, incluindo ondas de calor, ciclones tropicais, tempestades, inundações e secas, exacerbando uma crise de aprendizagem existente. No Brasil 1,1 milhão de meninas e meninos tiveram os estudos interrompidos em 2024 por eventos climáticos, em especial enchentes.
Destacando aqui a seca na região amazônica, que fez com que cerca de 1.700 escolas, incluindo mais de 100 localizadas em áreas indígenas, ficassem sem atividades por tempo prolongado – impactando 436 mil estudantes.
Vale ressaltar que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de janeiro como Dia Internacional da Educação para celebrar o papel da educação para a paz e o desenvolvimento. Para a ONU Brasil: A educação é um direito humano, um bem público e uma responsabilidade pública.
Quando a ONU adotou a #Agenda2030 para o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, a comunidade internacional reconheceu que a educação é essencial para o sucesso de todos os 17 #ObjetivosGlobais. A Agenda 2030 da ONU é um plano global para atingirmos em 2030 um mundo melhor para todos os povos e nações. O plano foi adotado em 2015 por 193 países membros da ONU, incluindo o Brasil.
Seu lema central, Ninguém deixado para trás, baseia-se em cinco princípios orientadores: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias.
DESAFIOS A SEREM ALCANÇADOS:
Como disse São Tomás de Aquino, considerado o grande protetor dos estudos: “Se Deus me criou pensante, pensar é um jeito de louvar o Criador. O ESTUDO nos santifica”
E como disse Nelson Mandela: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo“.
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