Em Cuiabá para participar de evento comemorativo aos 35 anos da Constituição Estadual, o ministro Alexandre Moraes defendeu a educação da população e a regulamentação das redes sociais para minimizar o discurso de ódio que paira sobre o Brasil nos últimos anos. A "receita", segundo ele, é: "o que não pode ser feito na vida real, não pode ser feito na vida virtual".
"Nós temos que combater como qualquer mal, como qualquer crime, qualquer ilícito, com educação e regulamentação. nós temos que educar as pessoas, prncialmente as novas gerações, para perceber que as redes sociais não são terra sem lei", frisou Moraes, que é relator do inquérito sobre as fake news que tramita na Suprema Corte.
O ministro destacou que a regulamentação não é algo exclusivo do Brasil e citou práticas nocivas à sociedade que ocorrem mediante influência das redes sociais. "A União Europeia ano passado aprovou duas leis muito importantes, detalhadas sobre essa regulamentação das redes sociais, principalmente a partir do momento que viu aumento de suicídios de adolescentes pelo mundo virtual, o aumento de ataques a democracia, o discurso de ódio, discurso contra as instituições", pontuou.
Com os ministros do STF alvos de extremistas por conta da polarização política, Gilmar Mendes colocou que os integrantes da Suprema Corte têm discutido formas de 'desarmar' a população destas ameaças, principalmente nas redes sociais. "Todos nós estamos sempre coversando sobre isso. Éramos felizes e não sabíamos, tínhamos uma vida normal e agora temos esse risco. desde os xingatórios, às agressões até atitudes muito mais gravosas e danosas", falou, destacando que o órgão nunca teve uma política de segurança efetiva, já que não havia tantas ameaças num passado recente.
"Infelizmente ou felizmente nós não temos cultura rigorosa de segurança. nós adotamos determinadas práticas e depois as dispensamos. até mesmo em nome da liberdade que queremos ter, como ir ao shopping, ir com os filhos ao restaurante, como todos, queremos ter esse tipo de liberdade", pontuou, complementando que o episódio da última semana, onde um ativista de direita tentou atacar o STF com bombas, mas acabou perdendo a vida pelo próprio artefato.
"Obviamente que um episódio como esse nos faz mais que reflexivos, nos faz pensar que precisamos mudar, pelo menos por ora, o nosso modos de via e implantar mais segurança à nossa vida", assinalou.