O senador por Mato Grosso, Jayme Campos (União Brasil), não acredita que a candidatura do filho 02 do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro (PL), ao Senado por Mato Grosso, venha a se concretizar. Para Campos, não existem impedimentos legais para a possível candidatura, mas pontua que para ser um candidato votado, Carlos precisaria desenvolver serviços ao Estado.
Em entrevista à imprensa, o senador disse que outros políticos de Mato Grosso possuem capacidades suficientes para se lançar ao Senado. Ainda pontua que, para a disputa de 2026, "já existem mais candidatos do que eleitores".
“Minha opinião modesta é que é um direito, certo? Mas, se ele for candidato, o que eu não acredito, precisa ter serviços prestados ao Estado. Eu acho que aqui em Mato Grosso tem mulheres e homens suficientes com capacidade de representar o povo mato-grossense a nível de Senado, Câmara e assim por diante. Mato Grosso tem gente suficiente para ser candidato a senador da República, tá sobrando gente até, né? Tem mais candidato que eleitor”, brincou Jayme.
Mesmo com sua opinião, Jayme garante que, caso haja de fato a intenção de Carlos Bolsonaro se candidatar por MT, que articule a mudança de seu domicílio eleitoral e resida em Mato Grosso um ano antes das eleições, no mínimo.
“Entretanto, se for desejo dele não tem impedimentos legais, desde que transfira seu domicílio eleitoral para o Estado e viver aqui”, finaliza.
As especulações em torno da pré-candidatura de Carlos Bolsonaro começaram na semana passada, quando o Jornal Folha de São Paulo explanou que o ex-presidente da República estaria pensando em lançar seu filho ao Senado pelo estado de Mato Grosso, nas eleições de 2026. Segundo o tabloide, o ex-presidente está articulando lançar todos os membros de sua família a cargos públicos, com exceção do filho caçula, Jair Renan.
Bolsonaro planeja lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à Câmara dos Deputados, disputando por Brasília. Eduardo Bolsonaro, filho 03, ao Senado por São Paulo, e Carlos Bolsonaro ao Senado por Mato Grosso.
A intenção é seria para evitar que Carlos Bolsonaro entre em rota de colisão com o irmão Flávio Bolsonaro (PL), que vai disputar a reeleição para senador em 2026 pelo Rio de Janeiro. Como em Mato Grosso possui um colégio eleitoral majoritariamente bolsonarista, o ex-mandante planejava lançar o filho. Mas, Santa Catarina também é considerada uma opção.
No segundo turno das eleições de 2022, qual Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder da direita alcançou 65,08% da preferência dos eleitores de Mato Grosso, totalizando 1.216.730 de votos. Lula recebeu 34,92% dos votos – ou seja, 652.786.
Fonte:
Unica News