O inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri, concluído pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, nesta terça-feira (09), será compartilhado o delegado Bruno França, que investiga o assassinato do também advogado Renato Nery.
Advogados especialistas em litígio sobre propriedades rurais, Roberto Zampieri e Renato Nery foram executados com apenas sete meses de diferença. Ambos foram alvejados a tiros em frente a seus respctivos escritórios, em Cuiabá. A análise deve indicar se existe, ou não, relação entre os dois casos.
Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro de 2023, quando deixava seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros. O inquérito policial concluiu que a motivação do crime foi uma disputa de terras em que o advogado atuava, no município de Paranatinga.
Apenas sete meses depois, Renato Gomes Nery foi baleado em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. O caso ocorreu na última sexta-feira (05 de julho). Um dos disparos atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.
Com a conclusão do inquérito no caso Zampieri, investigado pelo delegado Nilson Farias, as informções serão compartilhadas com o delegado Bruno França, que analisará outras possíveis semelhanças no caso, além do fato de as duas vítimas serem advogados especialistas em propriedade rural.
"Isso vai ser investigado. Quem está à frente é o dr Bruno Abreu. Nós trocamos informações, tudo que tem no inquérito do Roberto Zampieri vai ser disponibilizado e lógico que vai ser verificado se tem algum tipo de conexão ou não", afirmou Nilson sobre a possível relação dos casos.
Por ser mais recente, as investigações sobre a morte de Nery ainda estão em fase preliminar. Além disso, a investigação correrá sob sigilo. A Polícia Civil já deu início às apurações e recolheu o celular da vítima, que foi enviado para perícia. Segundo o delegado Bruno Abreu, o caso é tratado como execução, mas a motivação do crime ainda é apurada.
"O nosso principal objetivo é prender o executor em flagrante. Não só porque o doutor é advogado, mas qualquer vítima de crime de homicídio, qualquer outro crime envolvendo ação pública incondicionada, nós fazemos a apreensão e a análise do celular, justamente para entender a motivação do crime e/ou possíveis autorias. Essa é a praxe", explicou o delegado.
Fonte:
Única News