Em conversa com jornalistas, o deputado estadual Júlio Campos (UB) disse que o município de Chapada dos Guimarães (65 Km de Cuiabá) poderá falir se os órgãos federais não aprovarem o projeto para acabar com os deslizamentos de terra no “Portão do Inferno” (MT-251), apresentado pelo governador Mauro Mendes (UB) na semana passada.
Júlio defendeu que o Governo do Estado acione a Justiça, caso a proposta seja reprovada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), administrador do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
“A cidade [de Chapada] precisa da obra para sobreviver, senão acaba. Lá vive de turismo em função dessa rodovia. Setenta por cento da economia de Chapada é baseada no fim de semana da população de Mato Grosso que vai para lá”, destacou o parlamentar
“Se os órgãos federais recusarem, só tem um caminho: o Judiciário. O governo impetrar um mandato de segurança contra a decisão, porque senão vai inviabilizar Chapada, vai falir”, garantiu.
O deputado defendeu ainda o projeto da obra, destacando que outras semelhantes foram feitas em várias cidades e acredita que a bancada mato-grossense na Câmara dos Deputados e no Senado, em Brasília, conseguirá através do diálogo, convencer os órgãos federais a autorizar a obra.
“Já existe em outros lugares. No Paraná, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina. Esse trabalho é feito em todas as rodovias que têm desabamento. Não seria aqui que o radicalismo vai prejudicar o município. Acredito que é a solução mais rápida”, asseverou.
“É um projeto que não é tão caro e nem demorado para ser executado. Então acho viável. Acredito que um trabalho em conjunto com o governo do Estado com a bancada federal, senadores e deputados junto com a direção do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, viabiliza a autorização e a obra poderá ser executada no período da seca”, pontuou Júlio Campos.
INTERDIÇÃO
O trânsito na MT-251 está comprometido desde o dia 20 de dezembro, após uma sequência de deslizamentos de terra registradas nos dias que antecederam o bloqueio.
Desde então, o tráfego de veículos pesados, como caminhões e ônibus no Portão do Inferno foi proibido, sendo liberada a passagem apenas paca carros, picapes leves e vans de transporte de passageiros autorizadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT).
A passagem é feita no esquema de “pare e siga” e a pista é fechada em momentos de chuvas intensas na região.
Fonte:
Única News