O governador Mauro Mendes (União Brasil) irá a Brasília, na próxima semana, para pressionar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pela liberação das licenças para as obras de "corte" do paredão do Portão do Inferno, na rodovia na MT-251.
Na tarde de quinta-feira (28), a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) propôs como solução aos deslizamentos da escarpa (paredão) do Portão do Inferno o retaludamento, um corte vertical na rocha até o nível da pista. A ideia é retirar solo e rochas para recuar a pista.
Segundo Mauro, o pedido de licenças para as obras foi feito no dia 13 de março nas duas superintendências dos órgãos em Mato Grosso e não subiu para Brasília até o momento. É na sede dos órgãos que será feita a discussão e análise do pedido.
O Palácio Paiaguás acionou os dois órgãos novamente na quinta-feira (27) e reforçou o pedido de licença, mas também não houve resposta. O pedido da Sinfra foi para conseguir as autorizações dos órgãos sem a necessidade de fazer o licenciamento – o que demandaria estudos e análises dos impactos da retirada do paradão para a paisagem, fauna e flora do local.
O governador disse que a bancada federal e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), vão articular uma agenda com os órgãos nas próximas semanas. "Ele vai marcar com o ICMBio e o Ibama para que eles tenham celeridade e atendam esse pedido de urgência", disse Mauro.
Para a imprensa, Mauro reafirmou que seria surreal e inimaginável se o Ibama e o ICMBio rejeitassem o pedido para autorizar as obras. "Eles vão ter que responder à sociedade pelos danos que eventualmente for causar [com as quedas dos blocos do paredão]", disse.
Quando chegar até o nível da atual pista da MT-251, a estrada será afastada até dez metros pode passa o atual paredão. A via atual será usada como contemplação. A estimativa com o corte é que sejam retirados 180 mil metros cúbicos de rocha da parte superior do paredão.
"É uma obra que de, dentre todas as dez alternativas que existiam que foram analisadas, é que apresentou a melhor solução de engenharia, menor prazo de execução e menor custo", disse.
Segundo o governo, o custo está estimado em R$ 30 milhões e o prazo para conclusão é de 120 dias a partir do início da obra. A empresa contratada, a Lotufo Engenharia e Construções Ltda, tem cinco dias para iniciar a obra a partir da aprovação pelos órgãos ambientais federais.
A estrada continuará no sistema de pare e siga, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h30. Nos sábados e domingos, o tráfego será liberado.
Fonte:
Mídia Jur