A última chuva caiu no Pantanal início de junho, os próximos 5 meses serão de seca extrema, a natureza se prepara para tempos difíceis. O ciclo das águas rege o ritmo da vida no Pantanal, agora começa um período considerado de prova para pantaneiros, aves e bichos, ao longo das vazantes, os corixos vão surgindo aos poucos, os corpos d’agua se esparzam, ficando descontínuos.
Nessa fase vastas áreas de campos ficam novamente expostas, muitos canais, ou braços d’agua ficam secos e apenas pequenas lagoas perenes ficam isoladas. Durante o período da vazante, os leitos dos rios baixam e começam a se formar “corixos” ou baías que retêm grande quantidade de peixes, verdadeiros banquetes para as aves em migração, essa e uma das melhores épocas para fazer o avistamento e observação de aves no Pantanal.
Também na vazante surge o fenômeno conhecido pelo nome de “lufada”, quando milhares de peixes, sempre da mesma espécie, sobem os rios, sempre juntos que servem de jantar às aves aquáticas concentradas na região.
Com a temperatura mais amena e noites estreladas, os visitantes conseguem perceber que os mamíferos que se dispersaram na estação da cheia começam a retornar. Com sorte, é possível observar espécies como Catetos, Cervo-do-Pantanal e os macacos Bugio e Prego.
Através dos movimentos de cheia e seca anuais dos rios, o Pantanal nos leva a uma viagem para um verdadeiro refúgio de sossego e contemplação, revelando a maravilha da cultura e da biodiversidade do nosso País. Na vazante no Pantanal é possível ter conforto e diversão no meio ambiente pantaneiro. Destaque para a vegetação fascinante, que mescla cores e formas num belíssimo espetáculo.
A vazante das águas começa em junho, por coincidência quando se comemora o - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, para o fotógrafo Ernane Junior, que visita o Pantanal dezenas de vezes ao ano esse e um período de reflexão e cita ^, espécie humana, segundo dados científicos a mais racional que habita o planeta, é a única que destrói o hábitat onde vice.
O Pantanal é o bioma que mais queimou proporcionalmente no Brasil, tendo 57% de sua área consumida pelo fogo ao menos 1 vez nos últimos 36 anos. Um dado que chamou atenção está na quantidade de vezes que a mesma área já foi queimada, 20% do bioma queimou duas vezes, 13% queimaram três vezes e 9% quatro vezes.
Em 2020 tive o desprazer de ver de perto o pior desastre ambiental que se tem notícia no Pantanal. O silêncio da mata, dos pós fogo, foi o que mais me impressionou. 5 de junho dia Mundial do Meio ambiente, será que temos o que comemorar???
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.